terça-feira, 3 de junho de 2014

Os Vingadores

Um filme feito de fãs para fãs, Os Vingadores chegou aos cinemas para delírio dos inúmeros admiradores de HQs, da nova e velha geração. Alguns questionamento surgiram durante a pré-produção do longa-metragem, e um deles é se poderia ocorrer uma saturação quanto ao desempenho dos personagens, tendo em vista o grande time de heróis para dar destaque em apenas duas horas. Para surpresa de todos, Joss Whedon conseguiu dirigir o filme de forma sublime. Todos apareceram e tiveram seus momentos dentro da trama.

A Marvel conseguiu reunir neste filme um time de peso. Temos o Capitão América, com a missão de liderar os demais heróis, O Homem de Ferro mantendo a sua genialidade somada ao seu bom humor (por vezes negro) e Thor, que vem para deter a ameaça apresentada por seu meio-irmão Loki. Para quebrar, esmagar e não deixar pedra sobre pedra, temos o inigualável Hulk. E, fechando o time, os agentes da SHIELD, Viúva Negra e Gavião Arqueiro. Tudo orquestrado pelo General Nick Fury. 

Apesar de tantos heróis e atores para dividirem o papel de protagonista, isso não atrapalha o andamento do filme. O inicio é destinado a apresentar a ameaça e a formação do grupo de heróis. Mas, todo fã de HQ, sabe que mesmo nos quadrinhos, os heróis jamais se entendem no inicio. Uma guerra de egos ocorre, até que todos entendam que devem se unir para deter um inimigo em comum. A fidelidade com os quadrinhos é talvez um dos pontos fortes. 

A parte técnica tem destaque para as locações, efeitos especiais e caracterizações. Quando o filme dos X-Mens foi lançado, optaram pelo uso de vestimentas pretas para os heróis, a fim de evitar uma coloração exacerbada. Em Os Vingadores, a coloração é visível. Thor, Capitão América, Homem de Ferro e Hulk mostram suas cores sem repúdio. Seria caricato na vida real, mas falamos de um filme que tenta ambientar as histórias em quadrinhos. Inúmeros fãs clamavam por uma obra dessas. Para quem lia e lê, o filme se representa como uma obra prima. Para quem não lê, talvez estranhe, mas deve entender que o filme foi feito para os leitores das HQs, afinal, temos cinco décadas de histórias bem representadas na trama do filme. 

As atuação de destaque é de Robert Downey Jr. (Homem de Ferro) e de Samuel L. Jackson (Nick Fury). Ambos incorporaram os personagens com maestria, assim como Tom Hiddleston (Loki). De todas as adaptações feitas com o personagem Hulk, a de Mark Ruffalo foi sem dúvida a melhor. Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Scarlett Johansson (Viúva Negra) e Cobie Smulders (Maria Hill) não comprometeram, mantendo uma média considerável. Chris Evans (Capitão América) e Cris Hemsworth (Thor) estavam pouco a vontade com seus personagens. 



Outro ponto que vale nota é como as cenas de ação conseguem ser grandiosas, e ainda assim, sem perder a essência de focar os personagens. Não se pode esquecer o destaque dado ao agente Coulson (Clark Gregg). Ele assume o papel de muitos fãs, só que dentro do filme. Ao ver todos aqueles heróis reunidos, o agente demonstra uma empolgação que só pode ser compreendida pelo público. Clark Gregg foi uma espécie de homenagem a todos os fãs, e ao mesmo tempo, representou o estopim para a união definitiva de todos os heróis. 

O filme não possui uma trama intrincada, tão menos um roteiro genial. Mas seguindo os seus propósitos, cumpre seu papel, de mostrar uma legítima aventura de super-heróis unidos, contra um grande mal que ameaça o mundo. Mesmo entre tantos clichês, os fãs de histórias em quadrinhos podem finalmente morrer em paz.

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