Os
filmes de super-heróis têm estado em alta nos últimos anos. Para se ter
uma noção, tivemos filmes como Justiceiro, Motoqueiro Fantasma, Batman,
Homem-Aranha, Superman, Hulk, Thor, Homem de Ferro e X-Men. Agora,
nesta última sexta feira, tivemos a estreia de Capitão América. O “bandeiroso”
(como é carinhosamente chamado pelos fãs) foi encarnado pelo ator Chris
Evans, que já havia interpretado outro super-herói anteriormente, o
Tocha Humana, pelo filme do Quarteto Fantástico.
Capitão América: O Primeiro Vingador, objetiva não só apresentar o herói que dá nome ao filme, como também ser a porta de entrada para o filme "Os Vingadores". A Marvel Stúdios
aposta nesta nova franquia que apresentará o Capitão América, junto de
outros heróis conhecidos, como o Homem de Ferro, Thor e Hulk. Apesar de
haver algumas referências ligadas ao filme d’Os Vingadores, a trama segue seu fluxo independente.
Uma das partes mais delicadas da trama foi retratar o herói da melhor
forma possível sem passar a imagem do patriotismo americano excessivo.
No filme, Steve Rogers (Chris Evans) tenta se alistar junto ao exército,
durante o período da segunda guerra mundial. Porém, sempre é rejeitado
devido ao seu porte físico e inúmeros problemas de saúde. O Dr. Abraham
Erskine (Stanley Tucci) acaba oferecendo uma oportunidade para Steve
participar do Projeto Renascimento, onde recebe o soro supersoldado e
consequentemente tornando-se um super-humano.
Foi justamente no inicio da história que o filme ganhou o público.
Steve Rogers é apresentado com a saúde frágil e grande humildade. Após
tornar-se um herói, permanece humilde até o final sem que os poderes
subissem a cabeça. Para quebrar o estigma do espirito patriótico
americano (o personagem veste uma roupa com as cores da bandeira dos
EUA), o personagem é mostrado como um jovem que apenas busca fazer o
correto, que parafraseia a ideia universal de um legítimo super-herói,
independente da sua nacionalidade.
O elenco contou com nomes de peso (Tommy Lee Jones, Hugo Weaving e
Stanley Tucci). Chris Evans teve uma atuação bem destacada, não
remetendo o herói sarcástico que interpretou em dois filmes do Quarteto
Fantástico. Ele conseguiu dar o ar ideal ao personagem, algo que me
surpreendeu. Hayley Atwell interpretou Peggy Carter, o interesse
romântico de Steve Rogers e mostrou boa atuação. Quanto a Tommy Lee
Jones, que interpretou Coronel Phillips de forma formidável. As partes
cômicas, nada exageradas e bem medidas, foram suas funções. Stanley
Tucci (Dr. Abraham Erskine) humanizou seu personagem de tal forma, que
foi um dos pontos cruciais para a formação do caráter do personagem
principal do filme. E por fim cito Hugo Weaving, que interpretou o vilão
Caveira Vermelha. E eis que faço aqui a palavra de muitos fãs, que o
consideram o segundo melhor vilão de quadrinhos, adaptado ao cinema
(vindo logo depois do Coringa de Heath Ledger de Batmam: O Cavalheiro
das Trevas). Weaving deu um ar vilanesco (e não caricato) ao seu
personagem, de forma a parecer intimidador aos espectadores que foram ao
cinema.
A ação dura ao longo das duas horas do filme, sendo que a intensidade
aumenta ao decorrer do filme. A parte sonora apresentou-se bem montada.
Para os fãs mais fiéis, podem-se notar algumas homenagens sutis ao
personagem dos quadrinhos. Como por exemplo, uma cena onde são
distribuídas revistas em quadrinhos para crianças, onde a capa é
idêntica a da lendária primeira edição da Captain America Comics #1, da
Timely Comics, editora que lançou o Capitão América pela primeira vez em
1941.
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O próximo filme da Fase 1 da Marvel que terá crítica é Os Vingadores: